Número de brasileiros favoráveis ao afastamento da presidente chegou a 68%
A semana mais turbulenta dos 14 anos do governo presidencial do
PT arranhou de vez a imagem de seus dois principais líderes, a presidente Dilma
Rousseff e o agora ministro suspenso da Casa Civil, Luiz Inácio Lula da Silva.
A mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada neste sábado, mostrou que subiu
para 68% o número de brasileiros favoráveis ao impeachment de Dilma. Além
disso, Lula atingiu o maior índice de rejeição popular de sua vida: 57%. O
Datafolha ouviu 2.794 eleitores nos dias 17 e 18, em 171 municípios de todo o
país.
O número
de apoiadores do impeachment de Dilma subiu oito pontos em relação à última
pesquisa, de fevereiro. Também cresceu o número de entrevistados que defendem a
renúncia de Dilma: 65% contra 58% do mês passado. Os que são contrários ao
impeachment somam agora 27%, 6 pontos a menos do que no mês passado.
O aumento do apoio pelo impeachment e renúncia de Dilma acontece
na sequência das grandes manifestações populares contra o governo, novas
denúncias da delação premiada do senador Delcídio do Amaral e a divulgação de
áudios do ex-presidente Lula, incluindo um com a própria presidente.
Segundo o
Datafolha, o apoio pelo afastamento da presidente aumentou em todos os
segmentos pesquisados. Em setembro de 1992, pouco antes do impeachment do então
presidente Fernando Collor de Mello, 75% dos brasileiros eram favoráveis ao
impedimento do presidente, enquanto apenas 18% eram contrários.
Mas apesar
do grande apoio pela saída de Dilma, apenas 16% acreditam que um eventual
governo do vice-presidente Michel Temer seria ótimo ou bom, enquanto 35% veem
esse possível governo como ruim ou péssimo.
Lula - O retorno
de Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto no cargo de ministro da Casa Civil, em
uma evidente tentativa de obstruir o avanço das investigações da Lava Jato,
derrubou de vez a popularidade do ex-presidente. Segundo o Datafolha, Lula
atingiu sua maior taxa de rejeição: 57%. Seu maior índice de rejeição
registrado antes deste levantamento era de 40%, em 1994, pouco antes da derrota
na eleição presidencial para Fernando Henrique Cardoso.
Mesmo
entre a classe mais pobre, Lula já é rejeitado por 49% da população. Ainda
segundo o Datafolha, o índice cresce conforme o avanço da renda familiar dos
entrevistados e chega a 74% entre aqueles que ganham dez ou mais salários
mínimos por mês.
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